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Comprar ou arrendar casa: qual a opção à sua medida?

Ficar à mercê das rendas e sem casa própria ou pagar uma prestação ao banco à espera que chegue o dia em que termina o crédito? A decisão é sua, mas damos-lhe uma ajuda para fazer a melhor escolha entre comprar e arrendar casa.

Sabe qual a percentagem de portugueses que moram em casa própria? 77,8%. Ou seja, quase três em cada quatro pessoas compram casa, enquanto apenas uma em cada quatro arrenda.

Se quer saber qual a melhor decisão para o seu caso há algumas pistas que podem levá-lo a encontrar o caminho certo para as suas finanças a longo prazo. E junte uma calculadora à equação porque vai ter de fazer contas.

           Pistas que indicam que deve comprar casa

Há várias variáveis que deve ponderar na escolha entre casa própria ou arrendada, mas lembre-se: o futuro tem muitas respostas. Por exemplo, a evolução das taxas de juro pode ser importante para saber se vai ganhar ou perder dinheiro entre comprar ou arrendar casa, tal como o crescimento do preço da casa ou os custos de manutenção.

Caminhos que vão dar à compra

  • Tem o dinheiro para comprar a casa ou vai dar uma boa entrada:
  • As taxas de juro de mercado estão reduzidas:
  • Planeia ficar na mesma casa por muito tempo:
  • Existe a previsão de subida dos preços das casas:
  • As rendas apresentam valores muito elevados.


As principais vantagens:
ficar com um bem na sua lista de património e proteger-se contra estados de alma dos senhorios.

 


Pistas que apontam para arrendar casa

 

As características para fazer do arrendamento uma opção estão no seu perfil financeiro, no seu retrato profissional e na evolução de fatores como a Euribor, o preço das habitações e a atualização de rendas.

Caminhos que vão dar ao arrendamento

  • Tem uma vida profissional que implica mudanças geográficas;
  • Não consegue dar de entrada um montante elevado;
  • As previsões de evolução do preços das casas apontam para descida;
  • As taxas de juro estão muito altas;
  • Não quer suportar impostos, custos de condomínio, manutenção e obras ou seguros obrigatórios.


As principais vantagens: não existência de despesas com manutenção, custos de condomínio e com pagamento de impostos. Possibilidade de conservação do nível de poupança.


Faça as suas contas

No final do dia, saber se uma decisão é a melhor depende, e muito, do futuro. No entanto, perceba como pode fazer contas para chegar a um cenário que faça sentido para o seu modelo de habitação, num horizonte temporal de 30 anos.

Veja o nosso exemplo de compra e arrendamento de uma mesma casa.


Hipótese 1 - Compra

Valor da habitação: 200 000€

Prazo do Empréstimo bancário: 30 anos

Entrada de 20% | Crédito de 80%

Custos total ao fim de 30 anos: 301 640€

Custo total após venda ao fim de 30 anos: 80 583€

Todos os custos considerados: Entrada (40 000€ ), impostos (5 513€ ), custos bancários e de registo (2 000€ ), capital do empréstimo (160 000€ ), juros, (82 840€ ), impostos (18 000€ ), seguros no valor de 30€ /mês (10 800€ ) e manutenção/condomínio de 1 000€ /ano (30 000€ ). Venda assumindo um crescimento de 1% por ano (preço de venda = 269 570€ )


Hipótese 2 - Arrendamento

Valor da renda: 800€

Custo total ao fim de 30 anos: 288 000€

Todos os custos considerados: Caução de 800€ , devolvida no final, e renda de 800€

Muito perto de uma decisão? Comece por garantir o pagamento do seu crédito ou assegurar o cumprimento das suas rendas numa situação de imprevisto. 

Não se esqueça do custo de oportunidade

O exemplo acima não mostra a fotografia real do dinheiro envolvido numa e noutra decisão. Falta juntar uma variável determinante: o custo de oportunidade. Ou seja, quanto valeria o seu dinheiro aplicado de outra forma.


Avançar uma larga fatia de capital como entrada pode significar um spread mais generoso. No entanto, representa uma impossibilidade de rentabilizar as suas poupanças acumuladas se a opção fosse arrendar casa.

Se desse, por exemplo, 50 mil euros de entrada para comprar a sua casa nova, conseguiria reduzir a sua prestação mensal de crédito, mas perderia a oportunidade de amealhar mais de 100 mil euros , em 30 anos, aplicando esse mesmo capital a render a uma taxa anual de retorno de 2,5%.

Esse montante poderia equilibrar mais o prato do arrendamento, uma vez que não comprando conseguiria juntar mais de 50 mil euros em retorno do investimento.

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